Eis ‘a revolução silenciosa’. A inovação no segmento dos transportes – pessoais ou públicos – está a acontecer a grande ritmo, mas só daqui a alguns anos é que seremos capazes de sentir o verdadeiro impacto. Este será um ano de desafios, mas no qual Portugal pode aproveitar grandes oportunidades.
O CEiiA considera que uma parte deste ‘plano mestre’ da mobilidade passará obrigatoriamente pelos veículos movidos a energia elétrica. Atualmente o cenário ainda não é animador – os últimos dados oficiais são de dezembro de 2015 e apontavam para a existência de apenas 1.180 carros elétricos nas estradas portuguesas.
O panorama tem no entanto tendência a mudar com o avançar dos anos, mas dependerá da resposta que a evolução tecnológica der.
“Para um crescimento continuado dos veículos elétricos, é importante que duas tendências se materializem: por um lado, o desenvolvimento tecnológico deverá continuar a tornar as limitações destes veículos, como a autonomia das baterias e o seu tempo de carregamento, cada vez mais residuais; por outro lado, cada vez mais consumidores deverão perceber que os veículos elétricos de hoje já respondem adequadamente à maioria das necessidades de mobilidade nas cidades”, analisa Rui Bento.
Talvez o futuro seja isto mesmo: você a preparar o dia de trabalho num carro elétrico de condução autónoma que passa por estradas muito menos apinhadas de veículos, mas com passeios mais cheios de pessoas. E conseguiu este carro apenas recorrendo ao telemóvel, a mesma ‘chave’ de entrada para autocarros, comboios, barcos e quem sabe aviões. A vida nas cidades, sobretudo nas grandes cidades, pode melhorar, mas a questão da mobilidade será importante para todas as localidades, grandes e pequenas.
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