Primeira task force do programa Startup Portugal, lançado esta segunda-feira, será a dos carros autónomos
“O nosso objetivo é muito simples. Queremos ser líderes nos veículos autónomos, como fomos em veículos elétricos!”.
Quem o garante é o secretário de Estado da Indústria. E como pretende João Vasconcelos chegar lá? Criando um ambiente propício do ponto de vista legislativo e regulamentar que permita captar investimento nesta área para Portugal. Hoje mesmo, no lançamento do Programa Startup Portugal, será anunciada a criação de uma task force para a produção de toda essa legislação até ao final do ano. “Quero ter a regulamentação mais avançada nessa matéria e, assim, atrair centros de investigação, startups, fornecedores de tecnologia, fabricantes, etc”, diz João Vasconcelos.
Em causa está, por exemplo, alterar a lei de modo a permitir a realização de testes de veículos autónomos em estrada. O que, em toda a Europa, só é ainda permitindo em alguns bairros de Londres.
A task force de carros autónomos e de drones será coordenada pelo Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (CEIIA), liderado por José Rui Felizardo. A iniciativa insere-se no objetivo de posicionar Portugal como uma Zona Livre Tecnológica, umas das 15 medidas do Startup Portugal.
O Startup Portugal, que hoje é formalmente lançado no Porto, com a presença do primeiro-ministro, do ministro da Economia, do secretário de Estado da Indústria e do presidente do IAPMEI, visa atrair investidores nacionais e estrangeiros, co-financiar startups, promover e acelerar startups portuguesas nos mercados externos e implementar as medidas públicas de apoio ao empreendedorismo.
O programa é composto por 15 medidas de apoio ao empreendedorismo, como a criação do vale de incubação, no valor de cinco mil euros, redes nacionais de incubadoras e de fablabs e makers, e dos programas Momentum e Semente e do Startup Voucher, destinados a apoiar ideias de negócio que envolvam, pelo menos, dois empreendedores – cada um recebe 690 euros mensais até um ano. Prevê ainda linhas de co-financiamento com business angels e capitais de risco, cujas candidaturas estão já abertas e estão a ser lideradas pela Instituição Financeira de Desenvolvimento, o chamado banco de fomento.
“Todas estas medidas pretendem derrubar barreiras à concretização de ideias e projetos, seja através do apoio financeiro, seja através da facilitação de residência ou espaço de incubação. É fundamental que as empresas ou os jovens possam ter à sua disposição instrumentos que estimulem o empreendedorismo e a inovação para que possam competir no mercado global”, refere Miguel Cruz, presidente do IAPMEI.
Mais informação: Dinheiro Vivo |