Com as informações que vem recolhendo há já muito tempo, a Tesla está “anos-luz” à frente de todos os outros construtores na corrida pelos automóveis autónomos e vai lá chegar muito antes de todos os outros!
O presidente da Volkswagen, Herbert Diess, foi avisando que todos os construtores terão uma enorme tarefa pela frente se quiserem apanhar o construtor norte-americano nessa corrida, por não conseguirem reunir nem tratar a quantidade de dados de que a Tesla já dispõem para desenvolver os seus sistemas autónomos. E o exemplo disso é a qualidade do seu sistema Autopilot…
Ainda recentemente a Tesla revelou que já tinha recolhido dados de condução reais equivalentes a 1,2 mil milhões de quilómetros e que continuava a somar 1,6 milhões a cada dez horas! Dados de valor incalculável para o desenvolvimento dos sistemas autónomos, por permitirem replicar todas as situações do dia-a-dia e que lhe chegam a partir dos utilizadores dos Model S. E não só por causa dos “updates” dos sistemas mas porque os próprios proprietários dos automóveis participam voluntariamente nos programas!
Isto representa uma gigantesca vantagem para a Tesla que promete entrar no mundo da condução autónoma já em 2018, enquanto marcas como a VW apontam para, na melhor das hipóteses, os primeiros anos da próxima década…
“Não temos aquela capacidade (de autonomia) e não a teremos amanhã”, reconheceu Diess. “Analisámos o custo da tecnologia a introduzir e significaria cerca de 300 euros por carro. Talvez em 2020, quando tivermos essa capacidade, essa verba tenha caído para 150 euros. Mas o problema não é só esse, é também a infraestrutura de que necessitamos para processar toda essa informação. E, entretanto, eles continuam a somar milhões de quilómetros de dados extra todas as semanas!”.
Daí que o presidente da VW não tenha dúvidas: “Devemos levar o Elon Musk muito a sério… Porque se continua a evoluir todas as funções autónomas como o tem feito, vai ser difícil de o acompanhar”. Apesar disso, Diess tem uma palavra de esperança em relação aos construtores tradicionais: “No final, continuo a achar que venceremos, mas será apenas pelas nossas capacidades de escala e de distribuir a produção”.
Mais informação: Aquela Máquina