Queremos e devemos reiniciar!
Uma boa notícia, mas pelas piores razões. A quarentena forçada pela doença Covid-19 originou uma significativa redução da poluição atmosférica em Portugal, e em toda a Europa.
As imagens captadas pelo satélite europeu Copernicus Sentinel-5P, divulgadas pela ESA, a agência espacial europeia, são inequívocas. É visível a diminuição progressiva das concentrações de dióxido de azoto sobre várias cidades europeias, incluindo as nossas cidades de Lisboa e Porto.
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De acordo com dados da REN – Redes Energéticas Nacionais, o consumo de energia elétrica recuou 0,5% em março de 2020 por comparação com igual período de 2019.
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Para Portugal Continental, em março de 2020, as fontes de energia renovável contribuíram com 69,9% do total da geração de eletricidade, repartido pela hidroelétrica (37,6%), eólica (24,6%), biomassa (5,9%) e fotovoltaica (1,8%).
A produção não renovável abasteceu 30,1% do consumo, na sua maioria com gás natural (20,5%), cogeração fóssil contribuiu com 8,7% e uma produção a carvão quase sem significado, inferior a 1%.
As medições feitas entre os dias 14 e 25 de março pelo satélite europeu foram comparadas com a média mensal da poluição em março 2019, para as mesmas regiões.
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As concentrações de dióxido de azoto variam de dia para dia devido a mudanças no clima. Não é possível tirar conclusões com base apenas nos dados de um dia.
Ao combinar dados por um período específico de tempo, 10 dias neste caso, a variabilidade meteorológica é reduzida e vemos o impacto das mudanças devido à atividade humana.
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Não queremos voltar à “normalidade” pois foi essa mesma “normalidade” que nos trouxe até aqui.
Comunicado UVE, de 8 de abril de 2020
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Vamos reiniciar?
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